A entrevistada de hoje no site da FPRB é a aniversariante do dia, Professora Maria Stela Poças, da ABAT de Terra Rica.
Stela começou a carreira como técnica em 2006, logo após sair da Faculdade. Foi no município de Fazenda Rio Grande onde a professora conseguiu grandes resultados, principalmente em Jogos Escolares do Paraná e Jogos da Juventude.
A partir deste ano, Stela assume a equipe de Terra Rica, onde busca continuar o belo trabalho feito pela Associação de Basquetebol daquela cidade.
Confira a entrevista:
1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?
R: Meu nome é Maria Stela Poças, sou natural de Loanda – Pr. O basquete entrou na minha vida aos 10 anos, quando comecei treinar em Loanda. Minha carreira como técnica da modalidade iniciou em 2006, quando sai da faculdade. Apesar de ter sido atleta de basquete e de ter escolhido o curso de Educação Física por causa do baquete, no decorrer da faculdade acebei me interessando por outra área do curso, mas quando me formei a oportunidade que surgiu de trabalho foi voltado ao treinamento esportivo no basquete. Iniciei em uma empresa que prestava trabalho esportivo em escolas particulares de Curitiba e dali para frente permaneci na área.
2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).
R:
Colégio Dom Bosco Fazenda Rio Grande – Campeão Feminino do 58º Jogos da Primavera – Categoria A; – 2013
Colégio Estadual do Paraná – Campeão Masculino do 58º Jogos da Primavera – Categoria B; – 2013
Colégio Estadual do Paraná – 3º Lugar Feminino do 58º Jogos da Primavera – Categoria B. – 2013
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Campeão Feminino da Copa Unimed – Categoria sub 14; – 2013
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Campeão Feminino da Copa Unimed – Categoria sub 12; – 2013
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Campeã Feminina do 28º Jogos da Juventude do Paraná – Fase Regional Cat B; – 2014
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Campeã Feminina do 28º Jogos da Juventude do Paraná – Fase Estadual Cat B; – 2014
Colégio Dom Bosco Fazenda Rio Grande – Campeão Feminino dos 62º Jogos Escolares do Paraná – Fase Estadual Categoria B; – 2015
Colégio Dom Bosco Fazenda Rio Grande – Quinto Lugar no Jogos Escolares da Juventude Sub 14 – 2015
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Vice-Campeã Feminino do Campeonato Estadual Sub 14; – 2015
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Campeão Feminino da Taça Paraná Sub 15 – Fase Regional; – 2015
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Campeão Feminino da Taça Paraná Sub 15 – Fase Estadual; – 2015
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Vice-Campeão Feminino da Taça Paraná Sub 14 – Fase Regional; – 2015
Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande – Terceiro Lugar do Campeonato Sul Brasileiro de Clubes Feminino Sub 15 – 2015
Quarto Lugar Campeonato Brasileiro de Seleções Sub 15 – 2015
3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?
R: Hoje trabalho no feminino e masculino, na equipe que estou trabalhando o que tenho visto como principal diferença é comprometimento aos treinamentos, as meninas são mais dedicadas e comprometidas, quase não faltam treino e sempre estão prontas para cumprir o que é solicitado.
4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?
R: Hoje em Terra Rica tenho um ex atleta que tem me ajudado com os treinos das escolinhas, nessa região infelizmente não temos profissionais formados ou estagiários que trabalhem na área.
5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?
R: Hoje a maior dificuldade na minha opinião é que trabalhamos com uma geração mais “tecnológica” e cheia de compromissos e de atividades que os pais colocam para preencher o tempo de contra turno escolar, com isso o trabalho maior é fazer a criança e o jovem se apaixonar pelo esporte para que não se torne somente mais uma atividade do dia a dia dele ou até mesmo uma obrigação estar ali no treino. Sempre falo para os meus atletas que o baquete deve ser algo divertido, que eles estão ali porque gostam de está.
6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?
R: Para os novos atletas eu diria que o basquete pode proporcionar grandes coisas a eles além do esporte a ser praticado e que se dediquem 100% no momento que estão em quadra, não importa o resultado final, desde que se dê seu 100%, se não for o resultado espero, treine mais e mais forte, mas jamais desiste dos seus objetivos.
Para meus colegas de profissão que estão iniciando eu diria estudem muito, o basquete é um esporte que jamais saberemos tudo e é fascinante por isso, porque nos desafia diariamente e o principal “ utilizem o basquete como uma ferramenta para mudar a perspectiva de vida dos seus atletas, para eles entenderem que esse tempo que passaram ali é somente um treinamento pra vida e que viveram coisas através do basquete que jamais pensaram em viver”.
7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?
R: Na minha carreira a minha maior experiência é em equipes menores, até o sub 15. Para essas categorias eu trabalho em sistemas abertos, utilizando mais 5 abertos e conceitos, e “tento” fazer com que meus atletas entendam a importância deles utilizarem recursos de seu acervo técnico treinado, buscando que o atleta tenha autonomia para criar e não fique dependente de comandos, busco também ensinar para os atletas a importância de jogar sem a bola na mão.
8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?
R: Devido as categorias que trabalho ser obrigatório a defesa individual, eu uso uma defesa intensa homem a homem, onde o atleta tem que sustentar seu adversário através da ocupação do espaço para que não conclua com êxito o ataque. Sempre falei para minhas equipes que a defesa é mais importante no jogo de basquete, que não podemos “descansar” quando estamos marcando.
9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo auto críticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?
R: Tenho vários pontos que preciso melhorar como técnica de basquete e no pessoal também, mas como profissional no momento creio que meu ponto fraco no momento é relação interpessoal com outros técnicos. Sou uma pessoa tímida e muito reservada, isso acaba me desfavorecendo nesse ponto.
10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?
Eu não tenho nenhum técnico que eu possa falar que seja meu mestre, mas ao longo da minha carreira aprendi muito com os técnicos que tive a oportunidade de trabalhar junto. No início da minha carreira trabalhei com o Felipe Canan que me ensinou a importância do basquete além das 4 linhas. Logo em seguida trabalhei com o Beto, no Tittãs, e aprendi muito com ele além da parte técnica é que se temos um objetivo “desistir” jamais faz parte do nosso vocabulário. Depois tive a oportunidade de formar uma equipe de trabalho no município de Fazenda Rio Grande, onde tive o prazer de trabalhar com a Elaine, Papa, Leticia, Luiz, Doalcei, que foram profissionais que sempre me ajudarem a ser uma profissional melhor no nosso dia a dia de trabalho e a quem eu devo o sucesso dos títulos conquistados na Fazenda e hoje voltei a trabalhar com basquete pela oportunidade que meu amigo Lorran Bono me deu e dar continuidade ao trabalho dele em Terra Rica tem sido um desafio diário.
Não posso deixar de citar também o Adilson e o Claudio que tive a oportunidade de estar como assistente deles em algumas competições. São mestres da modalidade e sempre dispostos a ensinar e transmitir o conhecimento que eles têm da modalidade para os demais profissionais.