Quando falamos sobre a experiência de viver o desporto escolar, muitas vezes pensamos apenas nos alunos/atletas e esquecemos daqueles que contribuem para o aumento da qualidade do método de ensino e das atividades desenvolvidas: os professores/técnicos. Cláudio Lisboa, de Foz do Iguaçu, é um grande exemplo de comandantes que colecionam momentos incríveis com a Federação do Desporto Escolar do Paraná (FDEPR) e Confederação Brasileiro do Desporto Escolar (CBDE).
Cláudio Henrique Lisboa se tornou uma referência no basquetebol estadual pelo trabalho desenvolvido nessa área. Há 21 anos atuando na modalidade, o técnico alcançou importantes conquistas regionais, nacionais e internacionais. “Um dos motivos do ano passado eu chegar a Seleção Brasileira Sub-14 feminino foi os resultados que tivemos nas competições da Federação do Desporto Escolar. Levamos o título nacional vencendo São Paulo, que sempre teve hegemonia, e para o nosso trabalho e projeto foi super importante”, disse.
Entre algumas participações nas competições da FDEPR/CBDE, como seletivas estaduais e Brasileiro (Recife em 2017 e Brasília em 2019), Cláudio ainda viveu a experiência do Mundial duas vezes. No ano de 2018, o professor teve a oportunidade de conhecer São Tomé e Príncipe, na África, pelos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no qual viu a equipe brasileira conquistar o vice-campeonato na modalidade basquete 3×3 feminino. “Eu e as atletas não esperávamos nunca ir para a África e acabamos conhecendo o continente africano, a cultura, as paisagens, os pontos turísticos e tivemos um choque de realidade devido à pobreza. Foi uma viagem muito bacana”, disse.
Em 2019, embalados pela boa campanha do ano anterior, o time feminino comandado por Cláudio conquistou o Campeonato Brasileiro Escolar e carimbou o passaporte para o Mundial Escolar de Basquete, evento realizado pela Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF), que aconteceu na Ilha de Creta, na Grécia. “Essa foi outra viagem extramente importante tanto na parte esportiva quanto na parte cultural. Conhecemos o berço da nossa sociedade, tivemos a oportunidade de visitar vários templos e construções. Foi espetacular”.
De acordo com o técnico, esses momentos foram grandes realizações de sonhos que sempre andaram com ele durante a formação. “Quando começamos no esporte o nosso sonho é sempre crescer e conhecer lugares diferentes. Como técnico, eu procuro sempre me aperfeiçoar para trazer o melhor para os atletas para que a gente possa ter resultados que tivemos nos últimos anos e ter a oportunidade de conhecer estados e países. Nosso mundo é muito diferente, cultura, alimentação, economia. O que vemos nos livros nas escolas vivemos in loco quando temos a chance de viajar por essas competições”, disse.
Por fim, o comandante deixou um recado para os alunos/atletas e professores/técnicos que seguem o mesmo caminho e sonhos. “É preciso dar o máximo, procurar sempre melhorar. Aquilo que a gente sempre faz não é suficiente, se fizer sempre o mesmo não haverá resposta diferente. Precisamos inovar para progredir na modalidade e nos resultados. Os resultados que tivemos e nos levaram tão longe foram vários sacrifícios, finais de semana perdidos, treinos em dois períodos para poder ter resultados.”