Claudio Lisboa, Técnico da Abasfi de Foz do Iguaçú é o entrevistado de hoje no site da FPRB

 

O entrevistado de hoje no site da Federação Paranaense de Basketball é um dos técnicos mais vencedores do nosso estado, nas categorias femininas: Claudio Henrique Lisboa.

Com passagens inclusive em Seleções Brasileiras de Base, Cláudio  coleciona dezenas de títulos importantes em competições no Paraná e no Brasil. Além de Técnico, ele também atua como diretor de Seleções Femininas e da Diretoria de Fomento da Federação Paranaense de Basketball.

Confira a entrevista:

1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?

R:  Claudio Henrique Lopes de Lisboa, natural de Foz do Iguaçu. Comecei a jogar basquete no Colégio Anglo Americano em Foz com o professor Leão. Depois mudei para Londrina onde cursei Ed. Física  e ao mesmo tempo atuava como atleta em Cambé e estagiava com o professor Tim (1998). Na mesma época de universidade também atuei como árbitro. Em Cambé estagiei até junho de 2002 no centro de excelência do basquetebol. Em Foz comecei minha carreira em julho de 2002 como técnico em escolinhas do munícipio e em um Colégio Particular. No ano de 2006 assumi as equipes de competição nas categorias de base do munícipio.

 

2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).

R: 4x campeão jogos da juventude do Paraná

8x campeão jogos escolares do Paraná 15 a 17 anos

7x campeão paranaense sub 17

5x campeão paranaense sub 15

Campeão brasileiro Escolar 2019

Mundial escolar 2019 19° colocado

Campeão sul-americano com a seleção brasileira sub 14 em 2019

3x campeão sul-brasileiro  sub-17 de clubes

2x campeão sul-brasileiro sub-19 de clubes

2x campeão sul brasileiro sub-15 de clubes

Vice campeão 3×3 jogos mundiais países de língua português 2018

3x medalha de Bronze brasileiro de seleções sub 17.

2x campeão sul brasileiro de seleções sub 17

 

3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?

R:  Trabalho apenas com feminino. Já trabalhei com os dois naipes, mas desde 2006 quando assumi a equipe do juventude em Foz só trabalho com feminino. Não trabalho com o masculino porque hoje contamos com outros técnicos e dividimos as categorias e naipes, o que ajuda muito em nosso trabalho.

 

4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?

R: Tenho uma grande equipe que trabalha comigo. Hoje somos 9 técnicos e 6 estagiários que trabalham nas escolinhas espalhadas pelo município e nas equipes de competição. Temos também 1 preparador físico (Maximiano Duarte) e o 1 hipnólogo (Douglas Nunes).

 

 

5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?

R: Vou falar da minha realidade em Foz do Iguaçu. Hoje está muito melhor, quando comecei nós erámos em apenas 2 técnicos na categoria de base.  Hoje estamos em 9, participamos de todas as categorias nos campeonatos estaduais, conseguimos participar de torneios fora do estado e em outros países. Temos grande incentivos da secretaria municipal de esportes e Itaipu Binacional além de outros patrocínios privados. Nossa associação ABASFI encontra-se bem consolidada e estamos lutando para terminar nossa sede que está 60% concluída.

 

6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?

R: Para os atletas estudar e treinar muito. Principalmente sozinho onde será um passo a mais que os demais.

Para os técnicos novatos sempre procurar estudar, conversar com técnicos mais experientes, procurar por clínicas camps, aprender outras línguas, aprender programas de edição de vídeos, saber utilizar aplicativos de basquete (jogadas, exercícios, estatísticas) e desenvolver seu lado profissional e pessoal por completo.

 

7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?

R:. Hoje trabalho  a partir do sub 15 até o sub 19, tenho  o privilégio de trabalhar com o prof. Douglas Stapf um dos grandes formadores na base, cito o professor Marcelo Oliveira também que formou várias atletas e hoje temos o professor Lorran Bono. Devido a isso sempre chegaram até mim atletas com os conceitos básicos de jogo bem treinados e adquiridos. Nas categorias menores sempre jogamos 4 abertos e 5 abertos. A partir do sub 14/15 vamos introduzindo o ataque com jogadas abertas e fechadas. O atleta tem que entender que deve defender e atacar com o máximo de intensidade sempre.

 

8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?

R: Nossa filosofia sempre foi jogar com uma defesa individual quadra toda, pressionando muito o jogador da bola e negando os primeiros passes. Lógico que variando de acordo com o adversário.

 

 

9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo autocríticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?

R: Acredito que melhorar os processos de ensino aprendizagem das defesas por zona e suas variáveis.

 

 

10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?

R: Tive vários técnicos que sempre admirei e com certeza utilizo um pouco dos conhecimentos que consegui absorver deles. Prof.  Leão foi meu primeiro técnico, me fez ter paixão pelo esporte, Billy que foi meu técnico durante um ano, sempre esteve à frente do seu tempo em relação aos treinamentos. Prof. Tim talvez o que mais convivi e aprendi muito como trabalhar dentro e fora de quadra. Saulo que na verdade é o avô rsrsrs já que o Tim é filho, sempre procurei absorver o máximo do Saulo sobre como atuar na quadra, montagem de treino e equipes. China sempre observei muito as equipes dele e a forma como conduzia. Enquanto estudante de Educação Física em Londrina assisti vários treinos do Ênio Vecchi e acompanhava todos os jogos durante a Liga Nacional. Mas o guru mesmo que fez mudar os rumos de como trabalhar, foi o professor Elias Rudek grande estudioso e amigo que apresentou a escola argentina, vale lembrar que foi um dos idealizadores do programa de desenvolvimento em nosso estado. Professor Ivan marques que foi meu parceiro de viagens e competições durante anos em Foz. E nosso Hermano Mariano Marcos que sempre disposto a fornecer material e conhecimento.