Federação Paranaense de Basketball entrevista Márcio Kloss, técnico do Pato Basquete

O entrevistado de hoje no site da Federação Paranaense de Basketball é o Professor Márcio Kloss, conhecido por todos como Urso.

Urso teve carreira destacada como atleta no Paraná em em equipes de São Paulo, e iniciou como técnico em 1994, após chegar em Pato Branco. Desde então comanda as diversas categorias de base na equipe do Pato Basquete, onde conseguiu diversos resultados expressivos para a cidade.

Confira o papo com o Professor Urso:

 

1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?

Me chamo Márcio Kloss (Urso), sou natural de Curitiba-Pr, Iniciei minha vida no basquete em 1986 jogando no colégio Estadual Maria Montessori, logo após no antigo CEFET com o técnico Xexéu, depois fui para Sorocaba, Bauru, Corinthians e outros, até me aposentar.

Minha carreira como técnico iniciou 1994, em Pato Branco a frente de equipes femininas.

 

2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).

Vice Campeão Paranaense sub 12, Vice Campeão Paranaense sub 14, Vice Campeão Jojups Final, Campeão Jogos abertos fase final divisão B, Vice Campeão Jogos escolares fase final sub 14, 3º lugar Jogos Escolares fase final sub 14, e vários outros 3º lugares todos na categoria feminina.

 

3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?

Hoje trabalho com equipes masculinas, mais minha iniciação foi com o basquete feminino, existem várias diferenças a serem citadas mais a principal para não alongar e o tipo de comando com o feminino, principalmente nas equipes de base, o cuidado nas palavras e gestos, a personalidade sempre aflorada nos momentos difíceis, o termo técnico e psicólogo tem muito a ver com elas.

 

4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?

Sempre sozinho, o sonho era ter outras pessoas ao lado para poder compartilhar o conhecimento para a mesma causa.

 

5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?

Com certeza está melhor, pois iniciei nos anos 90, tínhamos que correr atrás de tudo e de todos. As viagens e condições eram precárias, as quadras, o transporte, etc. mais isso nos tornaram mais fortes como pessoas com toda certeza. Hoje estamos iniciando com as equipes de base de um clube novo que é o Pato Basquete, que já chegou grande com a participação no NBB, a responsabilidade aumenta junto com as boas condições de trabalho.

 

6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?

Bom, para ser sincero fui atleta por muito tempo mais em outras condições, hoje está tudo muito melhor, então fica a dica, foco no objetivo principal no esporte, mais nunca abandonem o intelecto, o mais triste é ver atletas chegando ao final de suas carreiras (que na maioria são curtas) e não tem ou não sabe o que fazer, e caem na depressão pós- profissional.

Para os técnicos que estão iniciando, CORAGEM, pois é uma profissão árdua e pouco valorizada e poucos chegam ao objetivo principal, que é a soma de valorização como pessoa e financeira.

Se for mesmo o que almejam para o futuro, busquem o conhecimento sempre, sozinho, com outros técnicos e construa o seu jeito de trabalhar, pois sempre nos espelhamos em alguém, mais a glória pessoal está em construir seu caminho com elementos retirado dos melhores, e tendo sua cara sempre.

 

7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?

Como havia dito, o basquete mudou muito, ficou muito mais físico em todos os aspectos, mais a filosofia é simples, hoje vemos duas linhas interessantes de jogo, equipes jogando em conceitos e outras em sistemas, acho interessante agregar esses valores ao máximo para os atletas, mesmo sabendo que não é fácil, pois dizem que temos que ter uma linha de trabalho e minha linha é passar todas as informações possíveis para ver em qual eles melhor se adaptam, não adianta você acreditar em algo que seus atletas terão dificuldades de executar, por vários motivos.

 

8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?

Marcação forte e solidária, procurando inibir o adversário desde o inicio, gosto muito de trabalhar meia quadra “Trap”, e o sonho de qualquer técnico, ter uma equipe capaz de mudar o sistema defensivo sem perder a concentração e o foco (chego lá).

 

9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo autocríticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?

Sim, meus atletas sofreram muito comigo anos anteriores, pois como fui atleta por muito tempo, eu cobrava deles que fizessem o que eu sempre fiz tecnicamente em quadra, e não respeitava a individualidade de cada um como ser único, por isso tive muitas dificuldades em minha carreira.

 

10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?

Fácil, valorizo muito os que tive os primeiros contatos com o basquete, Belmar Ramos Jr foi o cara que me espelhei como técnico e pessoa, até hoje conversamos muito, mais não posso deixar de escrever mais dois importantíssimos em minha vida, João Orasmo (me apresentou para o basquete) e Xexéu, me apresentou para a importância dos treinos de basquete (haja dor).

Hoje procuro obter o melhor de cada um, pois temos excelentes técnicos conhecedores do basquete.