Federação Paranaense de Basquete entrevista Carlos Magno, do Pato Basquete

O entrevistado de hoje aqui no site da Federação Paranaense de Basquete é o Professor Carlos Magno, do Pato Basquete.

Magno iniciou a carreira na cidade de Goioerê, onde foi técnico durante alguns anos e se destacou com bons resultados. Após isso, foi contratado pela equipe do Pato Basquete para ser treinador da equipe na Liga Ouro.

Confira a entrevista:

1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?

Me chamo CARLOS MAGNO LETTRARI DOS SANTOS, natural de Goioerê PR.

Comecei a treinar Basquete com 9 anos de idade, convidado por um vizinho. Minha primeira experiência foi em um colégio particular de Goioerê, mas como não tinha CREF não perdurou por muito tempo, e o inicio “oficial” foi em 2005 quando assumi as equipes da cidade de Goioerê no naipe Masculino.

 

2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).

– Jogos Escolares do Paraná em 2012 no B (Sub 14)

– Campeão Paranaense em 2013 Sub 19

– Campeão Sul Brasileiro de Seleções em 2014 Sub 13

– Campeão Jogos Abertos Divisão A 2014

– Vice-Campeão da Liga Ouro 2016

– Campeão Sul Brasileiro de Seleções em 2017 Sub 15

– Vice e terceiro tiveram vários, mas acima estão os títulos principais.

3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?

Atualmente não estou atuando como Técnico, apenas em um Colégio particular de Pato Branco que tem uma parceria com o Pato Basquete, iniciação masculino e feminino.

A principal diferença é que a procura no naipe feminino é bem menor.

4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?

Sozinho.

 

5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?

Hoje em dia o principal problema é a “concorrência” desleal, ou seja, tecnologia muito fácil, internet, celular, namoro muito fácil e precoce, drogas, prostituição…

6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?

Atletas, ser disciplinado, dedicado, não deixar os estudos de lado, ouvir atenciosamente e aprimorar sempre o que recebe de informação nos treinamentos, usar as ferramentas de internet, TV, para buscar conhecimentos da modalidade e bons exemplos de atletas de alto nível e referência.

Técnico, humildade sempre, não querer resultados imediatos, procurar se “espelhar” em técnicos que tenham não apenas currículos invejáveis, mas ética no trabalho também, sempre ter em mente que é um espelho e influenciador de jovens, que se não se tornarem atletas profissionais, podem ter a contribuição do Técnico e da modalidade para se tornarem bons cidadãos.

7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?

Gosto muito que minhas equipes “pensem” o jogo, dando liberdade para tomadas de decisão, seguindo conceitos trabalhados no dia-a-dia. Não gosto de equipes “robotizadas”, presas a sistemas táticos.

Minha filosofia é atacar por conceitos, não deixar de fazer o simples para fazer o complicado, entender e valorizar o melhor momento ofensivo de um companheiro no jogo, focar sempre a cesta, e o passe e/ou assistência vem como conseqüência.

8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?

Gosto da defesa “alta” (quadra toda) para prejudicar o ataque organizado do adversário, defesa agressiva de pés e mãos, defesa comunicando o tempo todo, com disposição e entrega.

Se fosse caracterizar minha equipe defendendo, depende muito da categoria, na base, antes dos 15 anos, mais simples, colocando responsabilidades de sustentar o 1×1, não dependendo de ajudas e trocas, já em categorias maiores e Adulto, já difere, e vai muito do grupo que tem na mão pra trabalhar, mas sempre será de acordo com os conceitos de defesa respondidos acima, claro que daí já se usa muita variação tática.

9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo auto críticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?

Acredito que uma das falhas pode ser as vezes segurar  muito meus pedidos de tempo. Como trabalhei a maior parte do tempo sozinho, sem assistente, uma dificuldade muito grande que tive foi a de que quando tive o assistente, talvez não soube administrar da melhor maneira possível.

10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?

Essa é uma questão que muda muito com o decorrer da carreira, no início me espelhei nos regionais, depois estaduais, mas o que mais me chama a atenção mesmo é a forma de jogar da equipe do Popovich.