FPRB entrevista Adilson Carlos Novak Junior, técnico do São José dos Pinhais/Guaxo

Com grande tradição no Basquetebol do Paraná, São José dos Pinhais é uma cidade muito atuante no meio do basquetebol, e sem dúvidas um dos responsáveis por essa atuação é o técnico Adilson Carlos Novak Junior.

Na cidade que já teve equipes mas Ligas Nacionais Feminina e Masculina, Adilson sempre desenvolveu o trabalho de base, onde já teve grandes equipes e também revelou diversos talentos. Muito ativo e estudioso dentro e fora de quadra, Adilson além de exercer a função de técnico do feminino e categorias de base, ainda é o coordenador de todas as categorias em São José dos Pinhais.

Confira a entrevista:

1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?

R: Meu nome é Adilson Carlos Novak Junior sou natural de Curitiba, mas cidadão São-joseense desde o nascimento. Iniciei no basquetebol no ano de 1999 com 14 anos de idade no antigo Centro de Excelência do Basquetebol em São José dos Pinhais aqui joguei até os 17 anos. Em 2003 iniciei a faculdade de Educação Física e logo no segundo período da faculdade fui convidado pelo coordenador da modalidade e meu antigo técnico Eduardo de Goes para fazer estagio e desde então estou aqui até hoje.

 

2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).

R:  Feminino

Campeão dos Jogos de Abertos divisão A em 2017.

Campeão dos Jogos da Juventude divisão A em 2013.

Campeão Estadual Sub 19 em 2014.

Vice-Campeão Brasileiro sub 15 de Seleções em 2013.

Masculino:

Campeão dos Jogos Abertos Divisão B em 2019.

Campeão Estadual sub 15 masculino em 2010.

 

3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?

R: Trabalho com masculino e feminino, para mim a principal diferença esta na intensidade do jogo que no masculino é muito maior.

 

4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?

R: Hoje trabalhamos em 3 profissionais e 4 estagiários e desenvolvemos escolinhas e equipes de competição desde os 10 anos de idade até o adulto masculino e feminino.

 

5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?

R: Nossa principal dificuldade hoje está no feminino onde a procura esta cada vez menor que nos dificulta montar equipes para a disputa das competições.

Acho que diferença de quando eu entrei para agora está no tempo de quadra que quando comecei tínhamos todos os horários da quadra reservados para o basquete e hoje dividimos com o futsal, pois a visão desta gestão esta no apoio a todas as modalidades o que acho super correto.

 

6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?

R: Vou dizer o que digo para os meus atletas aqui.. Se vocês querem se tornar atletas precisam treinar muito, não somente nos horários estipulados, mas fazer treinos extras, outra coisa que digo sempre a eles é que estudem muito porque a vida de atleta é curta.

Para os companheiros que estão começando como técnico minha sugestão é buscar conhecimento sempre e continuamente.

 

7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?

R: Na base gosto muito de atacar com sistemas que tenham passes e bloqueios indiretos e por isso para mim é importante que os atletas tenham bons fundamentos e saibam jogar sem bola tão bem quanto com bola.

No adulto já procuro utilizar sistemas dentro das características dos meus jogadores e utilizo bastantes situações de pick-in-roll.

 

8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?

R: Priorizo sempre uma defesa agressiva seja ela individual ou zona, porem em algumas situações principalmente no adulto utilizo defesas menos agressivas dependo das características do adversário.

 

9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo auto críticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?

R: Acredito que tenho vários pontos que preciso melhorar… talvez o ponto mais fraco neste momento está nos relacionamentos interpessoais.

 

10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?

Bom trabalhei com vários técnicos tanto em SJP como em seleções estaduais e de cada um deles procurei tirar algo para meu desenvolvimento, mas tem dois profissionais que me ensinaram muito e que até hoje mesmo estando fora do basquete ainda são espelhos pra mim.

Um deles é o Eduardo Goes que foi o cara que me ensinou a jogar basquete e me colocou neste caminho de técnico. O outro é o Helio Vendramini que foi meu coordenador aqui em SJP que me ensinou coisas há 10 anos atrás que até hoje utilizo.