Federação Paranaense de Basketball entrevista Pedro Ferreira, Técnico da Sociedade Thalia, de Curitiba

O entrevistado de hoje da Federação Paranaense de Basketball é o Técnico Pedro Ernesto Ferreira, que atua na Sociedade Thalia  de Curitiba.

Treinador jovem e com grande capacidade para revelar novos talentos, Pedro é um dos comandantes das categorias menores do clube onde trabalha, onde tem conseguido formar ótimas gerações em diversas categorias, e conseguido resultados expressivos em competições promovidas pela Federação Paranaense de Basketball.

Confira:

 

1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?

R:  Pedro Ernesto Ferreira, nascido em Joinville – SC. Comecei a treinar basquete bem criança ainda com o Professor Kelvin de Joinville, mas acabei parando na época por ser muito novo ainda…Aos 13 anos me mudei com a família pra cidade de Blumenau e com 16 comecei a treinar na equipe juvenil de Blumenau com o professor Rogério, desde então a minha vida tem sido voltada para o Basquete. Comecei a trabalhar com basquete em 2010 no colégio Marista Santa Maria em Curitiba, em 2015 fui convidado a trabalhar na Sociedade Thalia, e continuo trabalhando nos dois lugares desde então…

 

2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).

R: Campeão da Taça Paraná Sub13 (2017). Campeão da Taça Paraná Sub14 (2018). Campeão estadual Sub14 (2018).

 

3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?

R: Trabalhei sempre com o masculino… no começo eu acompanhava equipes femininas como estagiário, mas no ano passado assumi uma equipe feminina adulta. A principal diferença que vejo é que principalmente na base, os meninos estão lá principalmente pelo esporte, claro que também é importante eles terem amigos e gostarem do professor entre outros fatores, mas a motivação maior deles é o jogo e os resultados. Quanto as meninas, eu vejo que para elas, o grupo é mais importante… estar com as amigas, e um professor que elas se identificam e gostam é o fator mais importante. Por isso na minha opinião um dos maiores desafios para um técnico do feminino é conquistar o grupo.

 

4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?

R: No Colégio Santa Maria é comum sempre ter um estagiário auxiliando. Já no Thalia trabalho com uma equipe bem grande, com 6 técnicos divididos entre todas as categorias, um estagiário e um preparador físico, além dos coordenadores que tem um papel importante também.

 

5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?

R: Quando eu comecei no clube, nós éramos apenas em 3, trabalhávamos com bem menos categorias, e participávamos de menos competições, então posso dizer que hoje está bem melhor. Na minha opinião o mais difícil hoje em dia é conseguir dinheiro para fazer as coisas que gostaríamos como equipe/clube… principalmente nas categorias menores ainda dependemos muito da ajuda financeira dos pais em vários aspectos.

 

6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?

R:  A dica que eu dou para o atleta e para o técnico que estão começando é a mesma. Se envolva com o esporte. Tenha paciência, tenha um sonho e vá atrás dele, queira sempre melhorar e dedique tempo para isso, conheça gente do meio, seja apaixonado pelo o que faz, e seja competitivo hehehe…

 

7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?

R: Tecnicamente eu incentivo os atletas a conseguirem jogar em várias posições, serem mais versáteis. Fazer o grande jogar de costas e de frente para cesta. Conseguir levar a bola e arremessar com consistência. Por isso gosto muito de jogar em 5 abertos. Cortando ou fazendo o bloqueio indireto depois do passe…Incentivo que os atletas trabalhem a tomada de decisão e a leitura dentro dos conceitos de jogo, que joguem sem bola ocupando os espaços vazios na defesa.

 

8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?

R: Na categoria que trabalho que é o Sub12 e Sub13 prefiro trabalhar a defesa mais agressiva ao invés da conservadora, por isso eu gosto de pressionar o jogador da bola e as linhas de passe curtos a partir do meio da quadra, e ajuda vindo da segunda linha na defesa. Influenciando a bola para as os cantos da quadra.

 

 

9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo auto críticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?

R: Muitas vezes durante os treinos gostaria de ser mais rígido….Para não prejudicar a dinâmica do treino acabo deixando certas situações (falhas a serem corrigidas por exemplo) passarem batido. Acredito isso também vem um pouco da minha personalidade, por isso sempre procuro me policiar para que a intensidade do treino se mantenha no nível esperado.

 

 

10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?

R: Fábio Antônio Pellanda