A Abatol de Toledo é uma das associações mais participativas dentro do quadro de filiados da Federação Paranaense de Basketball. Projeto com cunho social e esportivo, sedia diversas competições e atende o público masculino na cidade de Toledo, no oeste do Paraná.
O técnico da Abatol, Jonathan Santos, mais conhecido no meio do basquete como “Toro”, é o entrevistado da vez aqui no site da FPRB. Toro já foi atleta e árbitro de destaque nas competições da Federação, mas atualmente vem se dedicando exclusivamente como técnico.
Atual campeão estadual Sub18, o treinador falou com a gente sobre seu trabalho em Toledo. Confira:
1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?
R: Me chamo Jonathan Marsola dos Santos, comecei a praticar o basquetebol com 11 anos, na cidade de Assis Chateaubriand – PR. Aos 14 anos mudei para Toledo onde continuei jogando e consequentemente fiz minha faculdade de Educação Física. No ano de 2010 com 22 anos me formei e comecei a atuar como técnico na ABATOL – Associação do Basquete Masculino de Toledo.
2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).
R: Campeão Estadual Sub18 – 2019.
Campeão Sul Brasileiro Sub13 com a seleção paranaense – 2019
3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?
R: Trabalho com o masculino e não trabalho com o outro gênero pois já tem um profissional na minha cidade atuando.
4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?
R: Trabalho sozinho
5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?
R: Maior dificuldade encontrada hoje é o atleta que chega na idade de 15 anos e que se obriga a parar de praticar o basquetebol para poder ingressar no mercado de trabalho, afim de ajudar na renda familiar. Sinto que está da mesma forma desde quando comecei a trabalhar e para mudar essa triste realidade, precisamos de políticas públicas pensando nestes fatores.
6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?
R: Para os atletas que estão começando hoje tenho apenas uma dica que se pode usar no basquete e na vida e se chama dedicação. E para os técnicos novos é o que levo comigo no meu trabalho, muita determinação, foco e não desistir nunca.
7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?
R: Procuro entender cada atleta que tenho e cada qualidade individual que apresenta no decorrer dos treinos e jogos. Busco fazer com que o atleta possa ter uma boa leitura de jogo, os melhores momentos e formas de atacar a cesta.
Fazer o atleta entender a importância que ele tem dentro do grupo é a filosofia usada por mim.
8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?
R: Na categoria de 14 e 15 anos propomos defesa individual homem a homem, dando ênfase no 1 x 1 sustentando o adversário.
Na categoria de 16 anos para cima defendemos muito de acordo com adversário que enfrentamos. Como precisamos ter leitura para atacar também precisamos ter uma boa leitura para defender.
Buscamos defender em cima das desvantagens dos adversários, das dificuldades que as equipes encontram para atacar nas defesas propostas por nós.
9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo auto críticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?
R: Me vejo cobrando após os jogos, detalhes simples que as vezes não cobro tanto nos treinos e que já comecei a mudar estes conceitos. Um ponto fraco que comecei a mudar a 2 anos e vem dando muito certo, é ser mais amigo dos atletas, ser mais “paizão”, ganhando confiança deles, o que faz com que eles se sintam mais à vontade dentro de quadra.
10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?
R: Quando era estagiário aprendi muito com minha antiga técnica na época de atleta, a Marli Costa. Depois que entrei na ABATOL como técnico, tive mais que uma guru. Professora Lourdes Kappes que me aconselha, me acalma, me cobra quando estou errado e levo dela a força de vontade e determinação.